quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Frágil vida...

Viver não é tão fácil, mas pode ser mais simples!

Hoje resolvi falar da fragilidade da vida... após umas horas do meu dia, refletindo em um cemitério, enquanto presenciava um velório. Uma mulher tão nova, um filho deixado sem mãe, mais novo ainda.

Enquanto respirava o ar tranqüilo, morbido, vazio do Parque da Colina, meus olhos marejavam pensando nas coisas que deixamos passar, nos sorrisos que não emitimos, nos beijos e abraços que deixamos de dar, do conselho perdido, da ternura que escondemos. São tantas as coisas que deixamos de fazer, tantas atitudes que deixamos de tomar, embalados pela correria do dia-a-dia, do cansaço ou ate mesmo pelo comodismo da convivência, da rotina.

Pra que vou dar um beijo agora, de noite eu dou! Nossa, ele é muito chato, depois eu ligo! Agora não dá pra falar, estou ocupada, depois conversamos... e assim os dias passam, a juventude fica pra trás e muitas vezes não nos atentamos para o fato, que as pessoas que amamos podem ser retiradas da gente, seja um dia por um acaso, seja pela temida e solitária morte.

Na maioria das vezes só sentimos falta, quando perdemos. Temos o costume de achar que coisas ruins não acontecem conosco, só acontece com os outros. Que nunca iremos sofrer com a perda, ou que jamais sentiremos falta de uma palavra, de um gesto, de um toque ou de um simples olhar. Mas que pode significar tudo.

Mas talvez, o que precisamos enxergar primeiro é a falta que podemos fazer pra gente mesmo. Falta de amar, te ter a atenção de alguém, de poder dar carinho a alguém. Tudo nesse mudo é mútuo e como a lei da física, toda ação tem uma reação. Por isso, mesmo que não notem seu amor, seu carinho, sua atenção, dispense-os do mesmo jeito. Se amanha, você perder uma pessoa muito importante, essencial, ao menos saberá que você foi pra ela, tudo que poderia ter sido.

O amor faz bem pra quem recebe, mas faz mais bem ainda, pra quem o dá!!!!!