segunda-feira, 27 de julho de 2009

O que é a felicidade

E te amar para sempre é uma esperança que não passa...

O que é a felicidade, se não pílulas de esperança?

O problema maior é que junto com a esperança vem a danada da ansiedade que provoca angústia, medo, temor, dor, etc... etc... etc...

E nesse misto de sentimentos, bate um cansaço, um abandono, uma vontade de se esconder...

Porém perseverança, um dos maiores exemplos deixados por Jesus. Se Deus não desiste jamais de mim, eu também não desisto da vida e nem do que ela pode me oferecer.

E por hoje vou tomar neste exato momento, a minha pílula diária. E encerro esse post. Viva a esperança...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Sol vai nascer, eu sei que vai

Ainda está frio, as nuvens ainda estão lá, mas há uma luz, lutando em brilhar...


inda é cedo, muito cedo, cedo até demais. Ainda faz frio, muito frio, a neblina é muita e o orvalho ainda está sobre as folhas.

Mas olha, olha lá no céu, bem no leste, lá no fim do leste. Tá vendo? Olha com força, com fé e sem medo. É o sol, ele está querendo sair, começa a brilhar e a querer dar seus primeiro raios de calor. E como aquece... A névoa está começando, mansinha, lentamente a dissipar. Você já percebe?

Eu olho lá, serena, calma, e com muita esperança. Tenho medo que ele não consiga transpor as nuvens e as neblinas. Isso me faz arrepiar, me dá de leve, um calafrio. Mas continuo sentada, olhando com fé o sol. Meu coração começa a se aquecer, eu já o sinto meio quente, eu sinto, ele vai nascer. Juro! Ele vai nascer. Minha esperança me conta, aqui, sussurrando baixinho, no pé do meu ouvido. O sol vai nascer!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Cansaço

Sim, estou cansado, e um pouco sorridente, de o cansaço ser só isto...


Acho que já estou cansada...
É isso que sinto, um cansaço na alma. Uma sensação de sufocamento. Não sei mais o que fazer, como agir, e olha que sempre fui boa nisso. Sempre tive respostas, sou a rainha dos bons conselhos, das saídas emergências, menos pra minha vida.

Mas nesse momento não sou nada. Não agüento mais buscar aprovação, eu não dou mais conta. Cansei de tentar ser a boazinha, de ser a conselheira, a boa filha, boa neta, excelente prima, exemplar irmã. Quero ser só eu, só eu. Com minhas dúvidas, fraquezas e incertezas, que nesse momento são muitas...

Sempre achei que precisavam de mim... horrendo engano. Eu mesma é que precisei acreditar nisso. E hoje isso está doendo.

Primeira neta por um lado, segunda por outro. Fui a mais branca, a que tinha o cabelo melhor, a mais inteligente, pelo ao menos achavam, e cresci precisando ser exemplo. Fui a melhor na escola, a que ensinava para-casa, a que aprendia melhor o jogo, fui a primeira e até agora a única a me formar em uma faculdade. O que isso representa para mim? Nada. Pra mim estou vivendo, e só. Não sou boa em jogo nenhum. Não fui a primeira da classe na faculdade, não falo inglês e entendo muito pouco de informática e até hoje não descobri em que sou boa. Nem mesmo em amar eu sou.

Mas não. Sempre vivi pelos outros. Vivi pouco, aprontei pouco, curti pouco, envelheci rápido. Tudo pra não decepcionar os meus pais, ser o maldito exemplo pro meus irmãos e primos. E não sabia eu, que os pais amam os filhos, independentemente do que fazem. Mas eu sempre fui cobrada e fiz o impossível pra não decepcionar ninguém. Se eu pudesse voltar atrás... eu viveria mais, errava mais e tirava esse peso das minhas costas.

A minha boneca era a mais bonita, meus brinquedos mais legais, e eu tinha que compartilhar. E eu adorava poder fazer, apesar de que no fim da brincadeira eu tivesse que guardar tudo sozinha... eu era a defensora das primas, das amigas e por ser tão mimada, cresci ouvindo “parece filha de rico”. Eu precisava ser aceita. É a minha família e eu não tinha culpa de ser diferente, mas me culpava. Dava meus brinquedos, emprestava minhas roupas, já apanhei sozinha e já bebi até xixi pra “ela” não ficar de mal de mim.

De repente veio a época de dificuldades. Perdi as bonecas, o lápis de cor, o giz de cera e ganhei a responsabilidade de ser a mais velha. Cuidei dos meus irmãos, e disso não arrependo, fiz com muito carinho, mas com peso sempre repetido pela minha mãe “você é a mais velha, tudo o que você fizer, seus irmãos vão repetir”, e olha que a responsabilidade veio em trio. Não escapei de casa a noite, não passei das horas na rua, não beijei no portão, não tive namorados fora do tempo, não desviei o caminho, não usei drogas, não cheirei lança perfume, não fiz manifestações, não pichei os muros e nem fiz as minhas primas passar apertado para cobrir meus namoros, pelo o contrário, era eu quem sempre dava um jeito de ajudá-las.

Hoje já vou fazer 27 anos. Não tenho um filho da adolescência, nem um ex-marido, nem um ex-namorido, nem um maço de cigarros no bolso. Mas também não tenho uma casa minha, nem meu carro, não sou uma excelente profissional e nem tenho um namorado. E por falar nisso, meus namoros duraram pouco e acabaram tudo bem. Não teve brigas, nem traumas, nem seqüelas. A minha busca pela perfeição nunca deixou que isso acontecesse. Mas também, o amor não permaneceu, nem a união e nem deixei saudade. Sinto-me uma fraude. Isso, uma fraude. Não sou boa em nada e nem sei se ainda dá tempo de ser.

Hoje eu amo, não sou amada. Estou perdida e cansada. Cansada de sempre ter que agradar alguém e nunca conseguir de verdade. Não quero tentar convencer mais a ninguém. Quero que me olhem e vejam em mim a verdade ou a possibilidade. Exaurida. É assim que me sinto hoje. Não quero nada além do que os normais querem. Não quero ser reconhecida por ninguém, nem por nada que faço. Só não quero mais ser obrigada a ter que agradar, ter que ser a perfeita. Lamento, tentei por quase três décadas. Não consegui.

Quero ter um peito pra deitar, uma mão pra me guiar. Não sou feminista. Quero alguém pra cuidar de mim, enquanto cuido dele. Quero poder fazer a minha parte, ajudar quem eu puder, trabalhar e ser ao mesmo tempo “Amélia”. Ter uma casinha, filhos, um cachorro e um companheiro. Enquanto os dias passam tranqüilos, ou turbulentos, e eu espere a real velhice chegar. Cansei da velhice precoce e da nota 10 que nunca ganhei. Sorte? Tomara. Que isso seja inexorável.

ESPERAR

E a vida segue como um rio...

Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter conosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

?????

Hoje acordei uma incógnita.
Resquícios de mim que se perambulam pelo ar.
Não sei se choro, rio, lamento, sofro ou fico feliz.

As nuvens ainda não dissiparam.
O sol não brilha alegre, com aquela carinha feita de lápis de cor e giz de cera.
Ainda tem nuvens. Nuvens acinzentadas, carregadas, munidas de tempestade.
Mas ainda eu estou uma incógnita.

Aves voam pelo céu, e minha cabeça acompanha... assim, flutuando.
Meus pensamentos estão desconexos e conturbados.
E já nem sei mais o que queria escrever nesse post.
Então encerro aqui. Enquanto espero se dissiparem as nuvens.
Enquanto espero a chuva passar.

Enquanto isso, profetizo amor, mas muito amor, a quem passar por aqui.
É isso que invade meu peito.
Até o próximo!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

DEDUÇÃO

"Esse texto é sugestão de um amigo, o Tatu. Aceitei. Muito lindo."

Não acabarão com o amor,
nem as rugas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.

Maiakovski

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um recado

Está fugindo da minha política de blog. Mas preciso reproduzir esse recado retirado de um orkut. Foi o recado mais lindo que já vi. Tão denso. Pena que meu coração tá congelado, se não sentira ele melhor e reproduziria um belo texto. Ah, se essa paixão contaminasse!
Enfim, eis o recado:


"...Olha, "o tempo é a minha matéria"... hoje, amanhã, semana que vem... Enfim! "Sem você não ta dando nem para atravessar a rua". So acho que precisamos conversar. Pelo menos eu preciso conversar contigo. Como? Quando? Você é senhora do tempo!!!..."

A grade

Socorro, alguém me dê um coração. Que esse já não bate, nem apanha...


Hoje mandei fazer uma grade.
Uma grade assim, mais ou menos de 15 cm, por 20 cm, bem quadradinha.
Mandei fazer a grade de aço inoxidável, para não enferrujar, com as barrinhas bem juntinhas, bem entrelaçadinhas, assim como devem ser as coisas, bem feitas, bem acabadinhas. Estão tão juntinhas que passam apenas ar e água.

Guardei na grade, meu Coração. Assim, bem guardadinho. Coloquei a grade no congelador, no fundinho, onde ninguém pode ver, tocar, apertar e guardei o congelador no fundo do porão.

Congelei meu coração. E com ele congelei as dores, as tristezas, a saudade, a amargura, o medo, a decepção e também o amor, a felicidade e a paixão. Foi preciso. Agora já não sinto nada. Meu peito tá vazio, vazio. Meu coração lá dentro, congelado. Talvez eu o tire de lá um dia... em uma nova era, quando viver for mais fácil e já não houver tanta covardia.

Mas pronto. No lugar do coração não há nada. E ele já não sente nada. Um monte de nada. E o pior que é até engraçado, mas eu não acho graça, porque ele tá congelado. Mas eu que um dia senti tanto, hoje optei por não sentir nada. Tadinho dele, já estava fraco, sinais vitais quase sumindo. Tava murcho, dolorido, todo esfolado. Então congelei mesmo. Tá duro, uma pedra de gelo. Não é feliz, mas também não é triste.

Desculpe gente! Eu não sou fria.
Tive que optar. Optei.
Ou congelava, ou ele morreria...