quarta-feira, 24 de março de 2010

O segredo é não esperar

Primeiro texto escrito aqui, no novo pc. O que sera que poderá sair daqui nessa noite de imenso nervoso depois de um dia tenso, triste e até proveitoso em termos de trabalho, diria assim. Me pego aqui, sentada na minha cama, em plena as 20hs de uma terça-feira, nojentamente largada, vestida com uma velha camisola azul, um tanto gasta, mas que ainda conserva seu conforto, sobre as colchas e lençóis ainda desarrumado da noite anterior.

Começo a refletir sobre comportamentos. A cada dia que passa me decepciono mais com as pessoas. Até quando será assim. É impressionante como o caráter das pessoas não se nota na cara, nem no gingado do andar, e muito menos, no sorriso. Essa palavrinha tão pequena, “caráter” é responsável por uma vida diferente, não somente pra quem há tem, mas de quem convive com essa pessoa sempre.

Mas no fim, me apego a uma coisa somente. É preciso lembrar disso: Quanto mais colocamos nossas expectativas nos outros, mas nos decepcionamos. Não há como prever o que pode acontecer. Então pense o seguinte: Nunca espere nada, nada mesmo, de quem quer que seja. Assim não se corre o risco de sofrer a decepção de não ser correspondido na expectativa. Entretanto, se acontecer algo bom, se surpreenderá. Tudo que vem além do que se espera, é lucro!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Postura

A vida não muda. Tudo tornou-se uma grande putaria com seus realitys shows de merda, seus cigarros do Paraguai e seus uísques falsificados. Sentimentos não tem valor, desejos são comercializados na bela propaganda da Tv ou no outdoor da sua esquina. Não muda. Você está ficando velho, não anda como antigamente, não ama e nem trai como antigamente. Mas a vida não muda. Os retratos ainda são os mesmos, percebeu? Você vai me questionar: Mas tenho fotos novas, novos lugares, novas pessoas. Mas eles continuam os mesmos, os velhos retratos emoldurados pelas escolhas que fizera. A vida não muda. O que muda são as atitudes que tomamos diante dela. As escolhas que fazemos. Pro diabos com as putarias desse mundo. O meu caminho sou em quem traço. As escolhas, eu quem as faço, e o cigarro? Ah, esse não, esse eu não trago.

Hiperlativo

Impressionante, impressionismo, assim tudo hiperlativo. Como se nada fosse pequeno, como se nada tivesse menor significado do que realmente é necessário. Assim é a maioria das coisas, ou pelo ao menos, deveria ser. Explicação. Será mesmo necessária? Depende do motivo. Quando se sente e se impressiona com tal grande fato, será realmente necessário algo que se explique, ou o que se mostra já é tal explicação, ou se impressiona por si só?

Não sei o que pensar nesse momento. O impressionismo, que surgiu no séc. XIX prevê, não necessariamente o retrato fiel à realidade, mas aquilo que desejar mostrar com a pequena obra. Há elemento de hoje que mostra que a vida seja realmente assim: fragmentos da realidade pincelados com um toque de desejo real. Quando Monet pintava seus nus, o que ele pretendia mostrar, a real mulher, ou a sensualidade dúbia, ou apenas um nu. Não há como saber, porque ele não está aqui pra responder.

Mas você está aí, do outro lado da tela. Não há porque viver com a dúvida, nem tão impressionado. No hiperlativo somente é boa a felicidade. Mas ainda há tempo. Devagar. Não há pressa. De repente tudo se esclarece. Tudo toma uma forma e quando se assustar verá: nada é tão impressionante. A mentira não foi tão grande e os estragos ainda podem ser consertados, ou não. Mas o importante é que mesmo cambaleando, tudo tem sempre salvação.