segunda-feira, 15 de março de 2010

Hiperlativo

Impressionante, impressionismo, assim tudo hiperlativo. Como se nada fosse pequeno, como se nada tivesse menor significado do que realmente é necessário. Assim é a maioria das coisas, ou pelo ao menos, deveria ser. Explicação. Será mesmo necessária? Depende do motivo. Quando se sente e se impressiona com tal grande fato, será realmente necessário algo que se explique, ou o que se mostra já é tal explicação, ou se impressiona por si só?

Não sei o que pensar nesse momento. O impressionismo, que surgiu no séc. XIX prevê, não necessariamente o retrato fiel à realidade, mas aquilo que desejar mostrar com a pequena obra. Há elemento de hoje que mostra que a vida seja realmente assim: fragmentos da realidade pincelados com um toque de desejo real. Quando Monet pintava seus nus, o que ele pretendia mostrar, a real mulher, ou a sensualidade dúbia, ou apenas um nu. Não há como saber, porque ele não está aqui pra responder.

Mas você está aí, do outro lado da tela. Não há porque viver com a dúvida, nem tão impressionado. No hiperlativo somente é boa a felicidade. Mas ainda há tempo. Devagar. Não há pressa. De repente tudo se esclarece. Tudo toma uma forma e quando se assustar verá: nada é tão impressionante. A mentira não foi tão grande e os estragos ainda podem ser consertados, ou não. Mas o importante é que mesmo cambaleando, tudo tem sempre salvação.

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