terça-feira, 9 de junho de 2009

Já se vão os dias... o que será???

Desconstruo minha alma; não há como saber. Onde estão as respostas, que existem em você??? Reação em Cadeia

Nossa... já faz seis meses que não escrevo nada aqui. Credo, como o tempo passa rápido, ontem comemorávamos o ano novo, hoje, já estamos na metade do ano.

Isso me faz, de repente, ficar mais assustada. Não dá pra fugir mais, tento mudar o rumo desse meu humilde blog, mas sempre cai na mesma: as relações humanas. Mas se é assim, que então seja.

Hoje ao fazer um exame, tive uma notícia, que não é bem assustadora, mas que me balançou um pouco. Fiquei chorosa o dia todo. Sabe aquele dia que você só quer um colo? Pois é. Agora mesmo, meus olhos marejam e me pego a pensar na vida. Será que a tenho conduzido de forma certa? Sinto-me tão amedrontada nesses dias. É que amor é bom, mas às vezes assusta.

Uma coisa é certa. Seríamos mais felizes e realizados se pudéssemos externalizar nossos sentimentos, assim, ficarmos de língua solta e coração aberto, com a mesma atitude que temos quando tomamos um gole de bebida a mais. Está certo que alguns exageram na cena, mas seria mais simples.

Porque não posso gritar no megafone que amo a Ele? Tatuar seu nome em mim, ou pichar nossos nomes no muro? Criar um álbum especial no Orkut só pra dedicar aos nossos beijos, aos nossos abraços que são tão bons, e etc, etc... Poder mostrar ao mundo que amamos, que somos felizes. É como se ao mostrar nossa felicidade afrontássemos alguém. Ser feliz não é proibido, é uma obrigação dada a nós e ponto.

Hoje estou me sentindo mais velha, parece que meus 26 anos pesam mais que 50. É engraçado, sempre fui a mais madura da turma, a que envelheceu antes de todas. De repente me sinto uma menina, assombrada, frágil, temerosa, como a vida nunca me fez sentir. Depender de alguém nunca esteve nos meus planos. E hoje, é como se apesar dos 50 anos que pesam sobre as minhas costas, o meu coração tivesse apenas 15. Estou com tanto medo, tão chateada, me sentindo tão incapaz. Pior é que não consigo nem mesmo saber o que estou sentindo, o que se passa na minha cabeça. Queria poder, de repente, assumir a idade que tenho, como sempre foi. Amar sem medo, desejar sem perceber, agir de todas as formas.

A única coisa que sei nesse momento é que amo, que estou com medo, que estou frágil e envergonha de assumir tal posição. Mas acho que o primeiro passo para mudança é assumir o que se sente e o que se quer. Agora, enquanto ouço meu pai discutindo, mais uma vez, por algo tão pequeno, tão mesquinho, tenho a certeza daquilo que não quero pra mim e nem quero ser.

Sei também que não quero que este ano passe em branco. Quero que meu amor cresça, amadureça, se assuma. Que os meus medos se dissipem. Que a minha fragilidade possa ser suprida e que meus dias sejam lindos e ternos, não sem problemas, sem desafios, mas com amor, companheirismo, cumplicidade.

Escrevo aqui e conto a você. Não quero que meus dias sejam como a letra do “Reação em Cadeia”: “Você tinha um segredo, e não quis me dizer. E o que guardo aqui dentro, são lembranças de você...”

Não quero esconder nada e muito menos viver apenas do passado. Que o que se foi fique, carinhosamente, guardado em uma gaveta de lembranças, bem no fundo do meu coração. Que não perca a sua importância, mas que também, não tenha mais importância do que mereça.

Desejo que meu ano seja incomparável e o seu também!



4 comentários:

Anônimo disse...

Sheila,

Gostei muito de seu Blog... Você escreve de uma forma brilhante, apaixonada... Escreve com o coração.
É muito bom compartilhar os sentimentos, seja com amigos, namorado(s) ou pelo Blog... O simples fato de expor nossos sentimentos nos deixam mais fortes, mais confiantes....
Você é uma garota com muita personalidade Sheilinha... Continue assim...
Parabéns.
Beijos
Daniel Maia

PITTY disse...

Nossa....É muito emocionante a maneira como você escreve, com o coração, com a alma.
Com certeza se pudessemos extravassar nossos sentimentos seriamos mais felizes.
Adorei seu blog e voltarei sempre.
Bjs!!!
Tininha

Paulo Lessa Silva disse...

Oi Sheila, que engraçado, me identifico muito com vc neste momento, estou na msma situação e quase um sem diploma também, mas deixo um recado que pode te ajudar e eu também estou tentando sobreviver...
“O amor ao outro implica, em primeiríssimo lugar, o amor a si mesmo. Isso quer dizer o seguinte: Em primeiro lugar, eu me amo, eu gosto de mim, no sentido de estar satisfeito comigo mesmo, de ser capaz de ter minhas próprias idéias, de ter uma percepção correta do mundo que me cerca e de mim mesmo, bem como de saber sentir e lidar com meus sentimentos; de modo que não preciso do outro para viver, para me completar; quero outro para amá-lo e ser amado por ele e assim enriquecer a nossa vida, completando-nos”. (SANTOS, 2000, 28-29).
Parabéns pelo blog.
Paulinho

Paulo Lessa Silva disse...

Oi, Sheila, que coincidencia estou num momento igual a vc e também um quase sem diploma e pensei que só as mulheres passavam por essas coisas do coração. Estou tentando sobreviver, mas deixo aqui um recado:
“O amor ao outro implica, em primeiríssimo lugar, o amor a si mesmo. Isso quer dizer o seguinte: Em primeiro lugar, eu me amo, eu gosto de mim, no sentido de estar satisfeito comigo mesmo, de ser capaz de ter minhas próprias idéias, de ter uma percepção correta do mundo que me cerca e de mim mesmo, bem como de saber sentir e lidar com meus sentimentos; de modo que não preciso do outro para viver, para me completar; quero outro para amá-lo e ser amado por ele e assim enriquecer a nossa vida, completando-nos”. (SANTOS, 2000, 28-29).
Parabéns pelo blog.
Paulinho